O fogo frio
Naquela clareira que se marcava num raio de 7 metros.
Havia fogueira ao meio, havia folhas secas sendo queimadas.
O estalar delas provocam as árvores
E as mesmas, balançavam na fúria.
O vento tentava acalmá-las, mas nada.
A noite fria cada vez ficava mais densa.
A fogueira mais acessa
E as folhas em menor quantidade.
As cinzas se transformavam nas estrelas quando subiam.
A fumaça na espessa nuvem que cobria partes da lua.
A lua por sua vez, olhava fixamente par a fogueira
Uma fogueira que não esquentava nada
Nem ninguém.
Pois bicho nem gente havia por perto.
Como pode uma fogueira sem alguém?!
Algo deve estar errado
Para que serve as chamas se ninguém a sente?
Naquela curiosa clareira que ao centro de uma floresta se posicionava.
Essa tal fogueira parecia nunca a abandonar!
Sempre lá.
Sem ajuda de ninguém ela se fez.
As folhas secas por mera natureza eram atraídas para ela e
Como um sopro da vida, as chamas se acendiam.
E ali ficavam dançando com o vento, disputando com a lua e criando estrelas!
Nas eternas noites frias, onde o calor se cala para ouvir!
Eis o fogo real, eis o primeiro e único capaz de ignorar as circunstâncias
E capaz de conceder calor para ele mesmo.
Capaz de buscar a sua própria luz,
A sua própria essência.
Bravo! Bravo!
Eis a chama vinda da realeza.
Podem vim bombas e mais bombas d’água vindas de cima
Que o arsenal de folhagens era sempre maior e a vitalidade daquela fogueira
Era sempre heróica!
Por isso nada a apagava!
Por isso nada a apagava!
Porquê devo me apagar?
Eu que fiz minhas próprias estrelas, acima de mim!
Mostrei-me capaz de ser independente
E sagaz.
Dominei a estratégia de minhas próprias batalhas e serrei
Todas as pequenas folhagens de minha vida.
Sou uma fogueira completamente acessa
Assim como alguém pode ser um livro aberto.
Eis a chama da verdade, oculta em um local aonde ninguém nunca chegou
E nunca chegará
Se continuar a temer o frio.
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